AFIRMAÇÃO
Considero-me um pintor abstrato.
Minhas principais influências são o expressionismo abstrato e a caligrafia japonesa.
A intuição é o núcleo do meu processo; através dela percebo o que o quadro tem a me dizer.
A tela em branco sempre é o momento dramático: o mundo não existe e espera para ser criado.
Um certo nível de tensão se impõe e o melhor a fazer é abraçá-la.
Gesto a gesto, a emoção se materializa em cor, peso e transparência.
Luto por cada fração de textura.
Devo ser preciso, mas lá onde a imprecisão é irresistível.
Vejo cada obra como o estudo do estudo que a precedeu.
Não existe um ponto final ou apenas é possível desconsiderá-lo.
A tarefa requer método, perseverança e boas doses de humildade.